Diário de Bordo
Day 01 – A Viagem
O encontro à tarde com o grupo no aeroporto Galeão do Rio foi para dividir ansiedade e alegria pela viagem que iniciava. Interessante que como tinha previsão do swell entrando, encontrei muitas pessoas amigas pelos aeroportos em busca das ondas que estavam vindo em diferentes localidades.
Chegamos no aeroporto de Lima as 11pm e o voo para Trujillo era as 5 am, como tínhamos muitos equipamentos, prancha e malas, preferimos ficar esperando no aeroporto. Conversamos muito e dormimos um pouco pelo banco até a hora de partir.
Chegamos as 7am e um carro do hotel já estava nos esperando, o caminho que durou 1h30 do aeroporto até o hotel desfrutamos da paisagem montanhosa, árida e de la carretera.
Chegamos com vento e ondas muito boas! O dia foi intenso, pudemos velejar e o fim de tarde ficou por conta do surf que estava incrível, altas ondas até o final da tarde, contamos com ajuda do bote pra levar a galera até onde pegava a onda pra não morrer na remada.
Tivemos um acontecimento histórico porque o píer de Pacasmayo teve desabamento de uma parte enquanto alguns surfistas estavam passando, caiu uma boa parte dele, então registramos o píer antes e o depois por aqui.
Day 2 – Chicama Surf
As 7 am acordamos e o mar já estava power, 03 caras na água e o jetsky era o salvador da remada! Mario Sperry e outros estavam quebrando nas ondas. Com mar grande, ondas de 3m e sem vento, decidimos ir a Chicama!!
Musica local na van, mosquitos, calor, gasolina por 1.50 soles o litro! Todos estávamos felizes. Os peruanos são muito amigáveis, a cultura local é incrível, a agricultura é baseada no cultivo do arroz, milho, batata doce, além da pesca e a imensa fábrica de cimento que movimenta junto ao turismo a economia local!
Em Chicama altas ondas, infelizmente como não sou surfista fiquei admirando o visual e as ondas que davam gosto de se ver. Também precisaram do apoio do barco para não morrer na remada e poder aproveitar mais ondas.
Day 3 – Pacasmayo On Fire.
Começamos o dia na sala de tv com vídeo e dicas do Guilly Brandão para os participantes! Todos ligados e tirando as dúvidas. Já a tarde foi o show nas ondas com muito vento, o swell ainda ganhava destaque já que as ondas estavam grandes e o vento não deixava a desejar!
O jantar sempre unia os hospedes do hotel, para ver fotos e trocar as experiências vividas ao longo do dia, a comida é composta por delicias locais, mucho pescado, arroz, milho, batata doce que tem cor alaranjada e um mix de molho, além do maravilhoso Ceviche!
Day 4
Mar ainda perfeito, 8 linhas de sequenciais de ondas expressivas, o visual é aquele que todo surfista sempre sonhou! O velejo de hoje foi histórico, as ondas baixaram e ficaram melhores pra quem aprendia a surfar nas ondas! Alguns velejadores ficaram até o pôr do sol na agua. Que dia J
Day 5
Com ondas menores, mas com muito vento ainda o velejo foi perfeito, sempre velejávamos até o final da tarde, cada vez todos evoluíam de alguma forma! As pessoas que estavam no hotel muito amigáveis já faziam parte da história trocavam sorrisos pela semana maravilhosa e privilegiada que passamos.
O dono do hotel Jaime Rojas, estava sempre incentivando todos a experimentar a diversidade de esportes que o local propõe e disposto a fazer te sentir em casa colaborando com tudo que precisava. Com a família vive momentos de prazer recebendo seus hospedes com tanta generosidade e satisfação.
Day 6 – Downwind para Pirâmides Mochicas.
Ancestrais dos incas, a civilização mochica habitou a costa norte do Peru entre os séculos I e VIII da Era Cristã. As pirâmides ruínas Serro de Dos Cabezas são surpreendentes. Os Moches habitavam uma série de vales fluviais ao longo da planície costeira árida do norte do Peru a partir do ano 100 dC a 800 dC. Através da agricultura e da pesca, eles apoiaram uma densa população e sociedade altamente estratificada, construindo canais de irrigações, pirâmides, palácios e templos. Embora eles não tinham sistema de escrita, os Moches deixaram um registro artístico vívido de suas atividades em belos vasos de cerâmica, têxteis elaborada tecidos, murais coloridos e objetos maravilhosos de ouro, prata e cobre.
O downwind teve repercussão no hotel e mais pessoas quiseram se aventurar com nosso grupo, cerca de 40 minutos de velejo, o visual é inesquecível. Quando chegamos tomamos pisco e cerveja, todos estavam felizes com o dia e pra finalizar fomos conhecer o haras de cavalos no caminho de volta, onde fomos bem recebidos e com certeza fechamos a viagem com chave de ouro.
Agradecemos aos amigos que trabalham no El Faro Resort e colaboraram para que tivéssemos momentos únicos.
Texto e fotos: Jalila Paulino
Peru, Pacasmayo 01 a 07 maio/2015